terça-feira, 18 de setembro de 2012

Influências

   Quer queiramos, quer não, as nossas vivências passadas, as nossas memórias e até tudo o que já sonhámos até hoje, fazem com que seja vincada a nossa personalidade, fazem com que influenciem a forma como lidamos com os outros, a forma como falamos e até a forma como escrevemos.
   É na forma como escrevemos que nos apercebemos em como os outros são importantes para nós, afinal escrevemos a pensar em alguém, na maioria das vezes. E mesmo quando não escrevo nada, rabisco palavras no silêncio!
   Escrevemos na alegria mas mais facilmente se escreve na dor e no vazio. E quando escrevo no vazio é como se escrevesse com tinta preta num papel escuro. Tu não lês mas eu sinto tudo e tudo leio. Escrevo pessoas, escrevo-as no espaço, escrevo-as nos sonhos.
   Aprende-se muito a escrever o que não é lido por outros, como a subentender o que não está escrito.
   Sabe bem escrever naqueles espaços escuros da memória. Aprende-se muito quando conseguimos enxergar mais do que aquilo que conseguimos escrever e mais do que aquilo que os outros nos querem mostrar. E falo por mim...
    Porque na escuridão também se faz luz. Porque até no vazio está sempre alguém connosco.
   No vazio pode haver um cantinho acolhedor, é aquele sítio onde ninguém entra sem que nós queiramos, é onde podemos guardar os sentimentos mais secretos.
   E enquanto houver um lugar vazio, é sinal que o podemos encher um dia, é sinal que temos espaço para lá guardar memórias, guardar pessoas, guardar palavras, e mais do que isso até, podemos guardar os nossos sonhos... os que ainda não se realizaram e aqueles sonhos que já foram reais mas que por enquanto não os conseguimos ter de volta...
   Por isso sonhamos de novo! Todas as vezes que forem necessárias...

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