quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Risco arriscado

Estava liberta e leve porque supostamente saí da pior linha de todas: a vermelha! O perigo deixou de existir. Supostamente.
Agora ando às voltas para decidir algo importante. Tenho de decidir com urgência e não sei o que decidir.
Esta sensação é horrível, ando à nora. Eu não consigo pensar, quanto mais decidir.
Há decisões que não devíamos ser nós a tomá-las. Preferia que me dissessem "Tem de ser isto, ou aquilo". 
Eu decidir o risco que quero correr, é obrigarem-me a olhar, com os olhos tapados, para um poço escuro.
Morrerei afogada? Haverá alguém para me salvar? Tenho bóias à minha espera? Não existe água nenhuma e espera-me um lago de espuma?
Se, por agora, ter saído da linha vermelha, fez-me respirar novamente, fez-me abrir as janelas sem medo, sem ter de fazer de conta que vejo sempre o céu azul... Pensar no próximo passo é um risco demasiado arriscado. Pode correr bem. E se correr bem, corre muito bem. Mas se correr mal, corre muito, muito mal. E se correr mal terei de deixar assinado que tenho conhecimento dos riscos, uma maneira de ficar registado que a responsabilidade é minha. 
Se cair posso não conseguir levantar-me. E claro que estou bastante assustada.
A vida é dura.
A sensação que tenho é que nem sei se vivo para morrer, ou se morro para viver. É complicado, não é? Eu que o diga!
Não sei se sou forte para isto!!