quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Sorrir



É isso que eu quero sempre... Sorrir!
Amanhã vai ser um grande dia, a viagem da minha filhota. Chega sexta-feira de madrugada. Estou que nem posso! Ansiedade de mãe. :)
Espero que faça uma boa viagem (é a primeira viagem sem a mamã).

Venham Sorrisos, que os últimos dias foram-me muito complicados!

Beijinho :)*

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Saudade



   Já conhecia o significado da palavra Saudade, porque estive várias vezes longe de família querida ou amigos próximos do coração; porque já perdi a minha avó (o que me custou imenso) e outros tantos familiares e também amigos que se perderam na vida (ou a Vida os perdeu!), de quem tanto me lembro e cuja presença me faz falta... Acontece-nos a todos e se nalguns dias nos lembramos deles com sorrisinhos no rosto, porque foram (e continuarão a ser) uma presença constante no nosso pensamento, nas nossas mais belas memórias, há aqueles dias em que choramos, porque o que mais queriamos era que estivessem aqui, que nos beijassem a alma e nos desses aqueles abraços e conselhos que fizeram de nós aquilo que somos.
   Mas hoje falo de outra Saudade, uma Saudade que ainda não conhecia. Saudade da minha pequenina, da maior alegria da minha vida.
   No final de Junho eu, o meu marido e a minha filhota fomos de férias. Este ano resolvemos ir a França visitar os meus pais (tanto que nos pediram que lhes fizémos a vontade). Lá fomos nós. Foi uma excelente semana que passou num instante.
   A minha mãe já há muito que me andava a sondar com a possibilidade de eu deixar a minha Amorinha lá ficar o mês de Julho, afinal o colégio também ficaria apenas a funcionar como tempos livres, pois a educadora estaria ausente. No entanto apenas respondia:"Oh Mãe..." e  sorria. Nunca na minha vida eu tinha deixado a minha pequenita sozinha por dias, que é como quem diga, sem mim. Além do mais ela nunca ficaria, é "agarradinha" à mamã demais para isso, pensava cá para os meus botões.
   Durante toda a semana que a avó babada perguntava à netinha: "Meu amor não queres cá ficar com a avó e o avô?" Ela, com os seus 4 anitos, lá respondia: "Eu quero vózinha, mas quando for para dormir vais-me a pôr à minha mamã! Está bem?" :) Não me surpreendi nada com a resposta. A minha filha dá-se muito bem com toda a gente, faz facilmente amigos e fica bem sempre que não estou, mas isso é durante o dia! À noite e quando está doente, quem lhe tira a mãe, tira-lhe o sorriso.
   Posto isto, nunca pensei que ela quisesse ficar, até que o meu pai nas vésperas de regressarmos tirou uma carta nova do baralho. Foi às compras com a mocinha e comprou-lhe uma bóia e umas abraçadeiras. Para quê? Ir para a praia, pois claro. Mas só com uma condição, tinha de ser na praia lá de França. A minha menina ficou entusiasmada e começou a dizer que queria ficar, pois preferia praia do que regressar ao colégio... A minha mãe foi insistindo e eu fui caindo na patetice de deixar, pois também tinha consciência de que lhe faria bem e que o colégio sem a educadora estar presente também era cansativo e monótono para ela. Já assim foi o ano passado.
   Estava com receio, pois não queria voltar a fazer mil e muitos quilómetros novamente para a ir buscar (a viagem é extremamente cansativa) e para além disso, só de pensar em estar longe da minha filha já estava com a lágrima no olho. Mas pronto, ficou. Apenas deixei duas recomendações à minha mãe: "Mantem-a sempre entretida a fazer alguma coisa e obriga-a a comer (a minha filha só come quase que com uma arma à cabeça. Desde pequena que assim é devido a um problema de nascença. Mas disso falo outro dia)".
   Já lá vão mais de duas semanas passadas, e a verdade é que só me apetece agarrar no carro e ir buscá-la, embora eu saiba que ela está feliz e muito bem cuidada. Mas o entrar em casa e não ver os bonecos desarrumados, a falta dela a puxar-me o avental na hora do jantar... então e os sorrisos que só ela me faz dar? E aqueles beijinhos docinhos que ninguém tem igual? Ai, nunca pensei que fosse tão difícil. Esta Saudade dói. Estoira-me o coração esta falta, esta necessidade que sempre tive de demonstrar todo este amor incondicional de mãe!
   Gostava de acelerar o tempo e não consigo. Gostava de ter asas para lhe ir dar um beijo. Gostava apenas de A ter aqui!
   Falamos todos os dias ao telefone (às vezes mais do que uma vez). Fica caro, mas são para mim, os momentos mais importantes destes últimos dias. Estou feliz por ela porque está bem, porque cada vez que liga soletra uma palavrinha em francês que os avôzinhos já ensinaram. "Bonjour mamã", "Salut mamã"! Tão bom de ouvir aquele tom de voz meiguinho que a minha filhota tem. A primeira vez que ela soletrou uma palavra em francês comecei a rir, gargalhei em voz bem alta. E depois ainda ri mais, porque ela interrompeu as minhas gargalhadas e disse: "Então mamã, estás-te a rir de quê? Não entendeste? Tu não sabes francês, queres que eu te explique?" Pensei..."Os filhos pensam que as mães são burrinhas?" Ela explicou e eu, claro, atentamente disse-lhe que tinha entendido e agradeci.
   A minha filha chorou duas vezes durante as conversas que tivémos. Doeu muito quando ela disse que tinha saudades minhas e que queria que a fosse buscar. Mas ao mesmo tempo gostei de a ouvir, afinal eu sentia o mesmo. Sei que pensa em mim como eu penso nela. Fiquei magoada comigo porque a deixei ficar. Sensação estranha esta. Mas depois acalmei-a e acalmei-me. Quando telefona tenho de lhe dizer sempre que estou em casa, pois se lhe digo que vou a casa de algum amigo ou dos primos, diz sempre "Anda-me buscar".
   Ando distraída no trabalho com os meus pensamentos, ando saudosa demais. Dou por mim a ver fotos dela e choro. O meu marido diz que sou uma chorona (lol). Sei que sou parva mas é porque sou mãe! As mães que me lerem sabem bem do que falo...
   Ainda faltam muitos dias para o final do mês! Pensei que o tempo voasse mas não...
   Aqui te espero, minha pequenina, com uma vontade enorme de te sentir nos meus braços e dar-te aqueles beijinhos "à esquimó" que tu tanto adoras. :) E eu também!!

   Sabem que mais? É difícil ser mãe!
   Fiquei triste, estou triste com esta ausência... mas fiz a minha mãe muito feliz nestes dias. É correcto então dizer que estou feliz por isso. Tenho consciência de que antes de ser Mãe já era filha...
   ... Por isso, deixo um Sorriso, mesmo que hoje não seja tão rasgado como o habitual...

domingo, 17 de julho de 2011

Isto não é meu!

   Estava eu aqui a pesquisar alguns blogs, quando me deparei com um texto fantástico. Isto não é meu, mas não resisto a colocá-lo aqui, a partilhar um bom texto. Parabéns ao blog de Sónia Morais Santos. Dos melhores textos que li ultimamente...
Deliciem-se!! E viva às "Putas"! LOL

"Vou dizer-vos uma coisa. É preciso ter muita paciência para ter um blogue. Porque se há gente muito boa e querida e simpática como vocês, que são a maioria, depois há os outros. E se é verdade que são mesmo a minoria, esses outros cansam. Moem. Molestam. Porque são repetitivos. E têm tantos problemas na mona e na vida que fazem dó. Para esses, eu sou sempre e serei sempre... uma puta. Se sou feliz sou uma puta. Se sou infeliz, mais puta sou. Então é assim:
Se eu escrevo que vou de fim-de-semana, sou uma puta porque com esta crise há imensa gente que nem sabe como comer, quanto mais pensar em passar fins-de-semana fora. Se mostro fotos do sítio onde estou sou uma puta, a fazer pirraça a quem tem de ficar enfiado em 20 metros quadrados e cheio de fome. Mas se não mostro, sou uma puta ainda maior, que deve estar num palacete banhado a ouro e que nem tem coragem de mostrar, tal é o luxo nojento. Mas se, pelo contrário, não vou de fim-de-semana e me queixo de ter o dinheiro contado, sou uma puta porque moro no Parque das Nações, tenho os filhos no colégio, e devia ter vergonha por me queixar da falta de cheta quando há gente que, essa sim, não tem um cêntimo na carteira.
Se digo que estou gorda, sou uma puta porque há pessoas que pesam tanto que chegam aos 3 dígitos e estou a humilhá-las ao falar do meu suposto peso a mais. Mas se fico feliz porque emagreci, sou uma puta porque tenho dinheiro para fazer dietas que os outros não têm, e tenho tempo para fazer caminhadas, coisa que os outros, coitados, nunca têm.
Se me queixo dos meus filhos, porque fizeram uma tropelia qualquer e se estou cansada deles e deixo um desabafo, sou uma puta porque há tanta gente a querer engravidar sem conseguir, e eu que tenho filhos nunca por nunca devia queixar-me deles, é uma vergonha. Se os enalteço, vaidosa, sou uma puta que não pára de se gabar, e devia ter vergonha porque há pessoas que têm filhos deficientes que não conseguem sequer sorrir quanto mais fazer as habilidades que os meus fazem.
Se ponho vestidos da Madalena, sou uma puta exibicionista que devia era dar tudo a instituições de solidariedade. Se falo de solidariedade, sou uma puta porque na verdade o que eu quero é mostrar-me boazinha mas não passo de uma megera nojenta, que tem dinheiro para ser solidária, porque o resto das pessoas, coitadas, não têm dinheiro para si, quanto mais para os outros.
Se digo mal de um funcionário, que me atendeu mal, e calha a chamar-lhe burro, sou uma puta que não sabe o que passam os funcionários, uma puta que está a dizer que todos os funcionários desse ramo são burros, uma puta que acha que só porque tem um curso superior é melhor que os outros, devia era virar uma dessas funcionárias para ver o que era bom.
Se me queixo de ter muito trabalho, sou uma puta porque há muita gente no desemprego e eu devia era virar as mãos para o céu e agradecer ao Senhor a oportunidade que me deu. Se digo que houve um mês pior, com menos trabalho, vão dizer que eu sou uma puta, que em vez de estar em casa armada em freelancer devia era estar sentadinha a uma secretária, que assim não me faltava o trabalho, essa é que é essa.
Se digo que baptizei os meus filhos por respeito e amizade à minha sogra, sou uma puta porque com Deus não se brinca. Se decidisse não os baptizar, apesar dos pedidos da sogra, era uma puta das piores, ingrata do caraças, coração de pedra, incapaz de descer do seu pedestal arrogante para fazer alguém feliz.
Se estou doente, e descrevo o mal-estar, sou uma puta que não sabe o que é estar realmente doente, doente à séria, em perigo de vida, com um padre ao lado pronto para a extrema unção. Se me regojizo com a minha saúde, sou uma puta que merece é ficar doente, por estar a vangloriar-se de algo que há tanta gente a não ter.

Eu podia continuar por aí fora. Mas não posso. Tenho de ir trabalhar (ai, que puta, trabalhar? E tanta gente no desemprego...). E daqui a bocado também tenho de ir fazer o almoço para os meus 3 filhos que estão em casa porque têm tosse (tosse? oh, minha puta, tosse não é doença, sabes lá tu o que é estar doente?).
Ainda bem que esta gente é a minoria. São vocês, a maioria saudável, que me faz continuar a ter vontade de vir aqui contar algumas aventuras e desventuras da minha vidinha normal (normal? tu és é uma anormal de primeira! E, claro, uma puta!)"

Oh Deolinda!

Olá!

   Ontem à noite lá foram uns amigos convencerem-se para sair. "Então, Onde me querem levar?", perguntei eu. Do outro lado ouvi "Vamos onde hoje vai muita gente!" E fomos a caminho de um concerto do grupo Deolinda. E gostei!
   Aqui deixo uma das músicas a que a vocalista, Ana Bacalhau, chamou de "uma das mais pintarolas".
Chama-se "Fado Toninho" (eu quase que arriscava chamar-lhe de "Fado Tontinho", parece-me bem, não sei porquê...
Mas a minha princesinha, se cá estivesse, é que ía gostar do famoso "Fon fon fon", mas está longe. Ai que saudades eu tenho! E o tempo não passa...

   Um Sorriso.

sábado, 16 de julho de 2011

O Sorriso e o Silêncio


"Se quiser dizer algo...
Que fale como o vento fala às folhas,
Que fale como a brisa que ameniza o coração.
E então construa no silêncio,
E ainda assim ouça vozes angélicas a cantar.
Roube de ti a sensação de paz inexistente,
E troque-a pela paz almejada e tão distante.
Se quiser dizer algo...
Simplesmente não diga,
Pois que pode ser que já esteja presente,
No fruir das almas, no dirigir dos dias,
Nos desencantos e na magia dos destinos.
E então dê apenas um sorriso de satisfação,
Pois que seduzido pelo encanto,
Nada será tão atraente senão a paz.
Paz que não é imobilidade,
Mas movimento contínuo,
e harmônico.
De modo que nem lágrima, nem riso,
Mas a lividez do rosto que tem olhos de ver,
Dos ouvidos que sabem escutar segredos,
Da voz que fala mesmo no silêncio.
Pois que nem a letra, nem a sílaba,
Talvez nem mesmo a palavra,
Pois que transcende em encanto.
Pois que sorri apenas.
E no sorriso está a magia.
O limiar entre o “benvindo!”,
E o “adeus!”,
Para descobrir o prazer do “até breve”.
Pois que o prazer estará sempre no encontro,
No unir que vence as individualidades.
E, por isso, sejamos breves,
Impulsionados por nossa eternidade.
E perdido o tempo,
Não mais tempo algum,
Senão uma ilusão de minúsculo instante,
Onde vejo, com o coração, um sorriso."

Gilberto Brandão Marcon

Porquê um blog ??

Bem, resolvi integrar-me neste mundo dos blogs. Na verdade estava sem nada para fazer e... apeteceu-me escrever! Às vezes dá-me para isto...
Não sei como vai ser daqui para a frente, vou aproveitar o blog para partilhar momentos, fazer desabafos, entre sorrisos, sempre! :)