Nos últimos dois meses (praticamente), a minha presença em hospitais tem sido uma constante. Infelizmente. Sair do trabalho "a correr" para poder aproveitar alguns minutos da tua presença, e tu da minha.
Maldita doença que não escolhe idades, chega de forma inesperada, aterrorizando família e amigos. Chega para matar quem ainda tinha uma vida para viver, quem não viveu metade do que lhe pertencia, quem sonhava ainda, quem trabalhava, quem amava, quem era bom...
Custa perder qualquer pessoa de quem gostamos mas, inevitavelmente, sentimos a perda de uma forma mais cruel em jovens...
Porquê? Não consigo entender...
Por mais que, com o tempo, os médicos nos vão tentando preparar para uma perda futura de alguém que nos é especial, nunca (mas nunca mesmo) se está preparado para uma morte precoce.
Os médicos tentam dizer frontalmente que as hipóteses perante um tumor tão agressivo são nulas e vão-nos mentalizando porque vêem o sofrimento não só do doente mas também dos que lhes estão próximos, daqueles que, mesmo a custo, fazem questão de sorrir, apoiar, dar a mão a alguém de quem gostam, que mesmo sabendo que a situação é gravíssima pensam sempre que a esperança é sempre a última a morrer. Durante este período temos vivido dia a dia, cada minuto, sem pensar no amanhã.
Os últimos pedidos, as últimas lágrimas, a mão dada e a tua voz "Não quero choro. Quero-te sempre a sorrir, fico de olho em ti, foste sempre uma pessoa muito especial"... Eu, que na tua presença me fiz de forte, sorri mesmo sem vontade, só porque a tua vontade era essa. Agarrei num sorriso e coloquei-o no rosto mas por dentro chorei como uma menina, nem imaginas quanto...
Descança em paz!
Eu sei que a vida continua, sei que não queres, mas preciso de chorar mais um pouco.
"A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
...Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria fora de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores mais."
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
...Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria fora de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores mais."
Seja em que circunstancias for nunca estamos preparados para perder alguém,mas sendo alguém jovem acho que torna as coisas piores e tem sempre que haver lugar para as lágrimas,não que mude alguma coisa mas alivia a alma.
ResponderEliminarÉ verdade Márcia, chorar não trás ninguém de volta mas alivia, ficamos leves porque o acto de chorar diminui a profundidade da dor... e é sinal que sentimos.
ResponderEliminarÉ mais uma estrela no céu... fica feliz porque tens (certamente) memórias lindas dessa pessoa, e é através dessas tuas memórias que ela vive ainda.
ResponderEliminarUm beijo doce cheio de força xxx