terça-feira, 30 de outubro de 2012

Quando erguemos as mãos para falar...

Não é por acaso que temos só uma boca para falar e dois ouvidos para escutar.
Dois braços para abraçar e duas mãos para tocar.
Muitas vezes trocamos o sentido das coisas...
Usamos a boca, falando com as mãos.
Desperdiçamos palavras que ficam por entender.
Esquecemos do abraço.
Os teus ouvidos não me escutam....
E se não me escutam é porque detestas as minhas mãos quando falam.
E fico irritada quando não ouves as minhas frases.
É nestas alturas que desisto de te entender... e de ficar entendida!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

E se o Amor fosse assim?

"O amor é paciente, é bondoso; o amor não arde em ciúmes, não se orgulha, não é soberbo, não se porta com indecência, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade; tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta..."

Era bom, não era? Assim escrito parece fácil amar alguém.

Qualquer descrição de Amor nunca é exactamente o que se lê.
Embora gostassemos que fosse!

O amor é torto, quando o queremos escrever, não o sabemos fazer. 
É estranho, porque quando o amor fala, parece que mente. Mas quando se cala, parece que se esquece... mesmo que não se minta, e muito menos se esqueça!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Falar para o boneco!

   A quem não aconteceu ainda?
   Se há coisa que me tira do sério é realmente... falar para o boneco!
 Que nervossssssssss!
 Qual de nós é que ainda não teve aquela sensação louca de desbobinar sem parar? Necessidade de, a todo o custo, fazer com que a outra pessoa ouça tudo o que temos engasgado na garganta e que se explique por alguma situação...
   E quando notamos que não nos querem ouvir? Quando trancam os ouvidos de forma a que as nossas palavras (aparentemente) não entrem?
   Isto acontece muita vez mas depois, pimba! Chega aquela altura em que a única alternativa é lançar umas indirectas ao ar, na esperança de serem mais certeiras! E são... mesmo que façam de conta que não nos ouvem!
   Irrito-me, falo para o boneco, mas tenho a certeza que à volta do boneco há ursos e víboras a ouvir. :)
   Na falta de opção faço isto, é que engasgada não consigo mesmo ficar, ou ouvem a bem ou ouvem à força... mesmo que não me respondam, o escutar é com certeza usado :P.
   É assim que alivio a garganta. No fim de contas, apesar da irritabilidade que se instala em mim, tiro partido desta conversa só minha e do bonequinho que apenas ali está, estático.
   E é claro que falar para o boneco não é de todo mau! Senão vejamos: não fará mais sentido conversar com um boneco do que dialogar com algumas pessoas com quem somos obrigados a falar?

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Bailado de Palavras

As palavras também dançam.
Entrelaçam-se, sejam escritas ou faladas.
Juntam-se as letrinhas em pares e começa então o bailado.
Podem dançar num simples papel ou na mais bonita boca.
Coloco sapatinhos nas letras e atiro-as para o palco.
Depois olho à volta.
Há quem aplauda a dança,
Há quem a olhe apenas.
Há tanto quem critique!
Há quem se reveja nas letras da mais simples dança de palavras.
Páro, ouço o movimento das letras, olho as frases.
Bebo da força que as palavras exercem em mim.
Dançar é usar as cores do arco-íris embrulhadas numa só alma.
E só me apetece perguntar:
Queres, com as letras que tens nas mãos, dançar comigo?